terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ego - O Caixão da Razão.


Nascida sem ego, não me perturbo.
Olho os outros a olharem, não me perturbo.
Cheiro, sinto, ouço...
Conheço, conheço-me.
Criei-me, sinto-me, cheiro-me, ouço-me, vejo-me.
Sentem-me, cheiram-me, ouvem-me, veêm-me, apreciam-me, criticam-me.
E ele nasceu, o Ego.
Entrei no caixão da razão.
Será que queria?
É o centro de uma existência ou a consequência de um ser?
Sem ego vivia, com ego continuo a viver.
Diferença?
É que deixam de haver indiferenças.
A metamorfose não se faz, acontece.
Não é um querer, mas é assim.
Passamos por tudo como se nada fosse.
E vivemos, felizes, para sempre.


'Quero ser animal
Velho cão sem bordão
A lamber triunfal
O caixão da razão' - Mundo Cão - "O Caixão da Razão"

Pi.



7 comentários:

valentina pereira disse...

"Entrei no caixão da razão. Será que queria?"

*

admitir que a vida é guiada pela razão é destruir a possibilidade de viver. Belo registo, escreves muito bem :)

Luís disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís disse...

O maior problema da inexistencia de ego é q sem ele deixas de ter consciencia de ti mesma enquanto ser pensante, vives como um vegetal. O ego é importante pois permi'te equilibrar os teus desejos entre o q é moralmente aceite e o q é fisiologicamente possivel, o ego é no fundo um gajo porreiro :D

euexisto disse...

ego? biark. prefiro o egas e o becas
hehe

Lucas Lima disse...

muito bom mesmo,
Sobre os egocentrismos, rsrs, mal necessário talvez, rsrs
Bons Dias

L.A disse...

Se fores fiel ao que sentes, a quem e's, o teu ego numca sera' o teu caixao, apenas uma nova lição de vida!


Como gosto do que escreves +.+

Tiago da Bernarda disse...

Se em primeiro lugar não valorizassemos o nosso ser, como seriam capaz de nos valorizar?